Sejam Bem Vindos

Este site é destinado à valorização da música e dos músicos de Peruíbe e Região. Sejam Bem Vindos!



sábado, 25 de dezembro de 2021

Parceria Musical Cazuza e Renato Russo


Não só para a grandeza do Rock Nacional, mas para toda a história da música brasileira, os dois maiores poetas do rock brasileiro poderiam ter composto grandes canções juntos, porém isso nunca ocorreu . 

Mas como explicar tal fato, sendo os mesmos da mesma geração e frequentadores de cenários similares na década de 80?


Antes de tentarmos chegar a qualquer conclusão sobre esse tema, acho importante frisar que tanto Cazuza quanto Renato Russo fizeram parcerias musicais com outros personagens da música brasileira, o que eleva ainda mais a curiosidade de por que ambos nunca terem feito sequer uma única música juntos.

A fim de conhecimento, elaborei uma lista com os parceiros de cada um deles ao longo da carreira, conforme a seguir:

Cazuza: Roberto Frejat, Guto Goff, Dé Palmeira, Mauricio Barros, Ezequiel Neves, Pequinho, Denise Barroso, Leoni, Lobão, Rogerio Meanda, Zé Luis, Waly Salomão, Renato Ladeira, Reinaldo Arias, João Rebouças, Nilo Romero, George Israel, Moraes, Gilberto Gil, Ritchie, Laura Finocchiaro, Renato Rocket, Leducha, Arnaldo Brandão, Rita Lee, Bebel GIlberto e Angela Ro Ro.

Renato Russo: Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá, Renato Rocha, Fê Lemos, Flavio Lêmos, Ico Ouro-Preto, Flavio Venturini, Leila Pinheiro, Marisa Monte e Carlos Trilha.

Como podemos observar, Cazuza possui um número maior de parceiros, que pode ser explicado por ele ter tido uma carreira solo efetiva, dando mais possibilidade a parcerias, ao contrario do Renato Russo que teve sua trajetória musical quase que integral voltada à Legião Urbana.

Mas vamos aos fatos: Por que Renato Russo e Cazuza nunca compuseram juntos? 

Uma das explicações se dá pelo fato de ambos serem letristas, fator que poderia ter sido uma primeira barreira, visto que normalmente os letristas não "dividem" letras por terem histórias muitas vezes intimistas e com visões próprias, o que tornaria aos dois um fator de dificuldade, já que possuíam formas peculiares de compor seus textos.

Mas sabemos que Renato Russo, além de letrista também compôs grande parte de seu repertório sozinho, ou seja, fez a letra e a música. Então por qual motivo ele não musicou alguma letra do Cazuza? 

É ai que entra a história da música " A Orelha de Eurídice":

Cazuza escreveu a letra de " A Orelha de Eurídice" e pediu pro Renato Russo fazer a música, porém Renato teve dificuldades em executar a tarefa, alegando que não possuía o costume de musicar letras e sim fazer ao contrário, ou seja, primeiro compor a música de depois escrever a letra. Outra desculpa foi que o tema "orelha" não havia agradado o líder da Legião Urbana. Com todos esses empecilhos, além da demora na devolutiva de Russo, acabou que o próprio Cazuza compôs a melodia para essa letra e terminou ficando como o único autor da obra (ouça aqui). Assim se encerrou a história daquela que foi a maior chance de os dois poetas comporem juntos uma música.

Se serve de consolo, pra não dizermos que os dois não possuíram algum tipo de influência um sobre o outro, Cazuza declarou publicamente que teve uma "inveja criativa" de Renato Russo pelo tipo de composição que abrangia temas sociais e políticos, como da música "Que País É Esse", se tornando uma inspiração que impulsionou a criação de um grande sucesso, a música "Brasil".  A parte disso, Renato Russo não se declarava poeta e sim letrista, mas considerava Cazuza um poeta, deixando notório o respeito que um tinha pela obra do outro.

Infelizmente, com a morte dos dois, essa história de comporem juntos não tem volta. Contudo, a não existência de sequer uma música da dupla é um mero acidente de percurso, mas que não diminuiu em nada o brilho e a história desses grandes personagens da música brasileira.





sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Qual a Banda Nacional possui o recorde de maior tempo na formação original?

Se manter na mesma formação é pra poucos, muito poucos


         Todos sabemos que o a música brasileira contemplou diversas bandas que fizeram muito sucesso de norte a sul do pais. Sabemos também que a grande maioria delas, em qualquer estilo, dificilmente mantiveram a mesma formação por muito tempo. Algumas mudaram de formação logo na estreia, outras demoraram mais tempo.

        Os motivos dessa mudanças são diversos: diferenças, desentendimentos, ego, carreira solo, morte, dentre outros fatores.

        Considerando todas essas dificuldades em se manter uma banda com sua formação original, destaco hoje duas, e somente elas, que mantiveram sua formação intacta por quatro décadas: Roupa Nova e Paralamas do Sucesso.

        Mas qual dessas bandas possui o recorde de tempo na mesma formação? A resposta é Roupa Nova.

Arquivo Pessoal
        Com sua formação em 1980, o Roupa Nova atingiu em 2020 nada menos do que 40 anos com os mesmos componentes que iniciaram. Infelizmente, devido a morte do vocalista/percursionista Paulinho, a marca não pôde ser ampliada em 2021, porém os mesmos se mantém no topo até o momento.

        Já os Paralamas do Sucesso, formados em 1982, atualmente possuem 39 anos de formação, sou seja, em 2022 irão alcançar a marca de 40 anos e se juntar ao Roupa Nova no 1º lugar, e que ao que tudo indica, assumirão a ponta em 2023, sendo a primeira a atingir o tempo de 41 anos na mesma formação.

        Frisando que não estou falando de longevidade de uma banda, isso é uma outra história, pois há bandas das décadas de 70 e até 60  que ainda estão ativas. Esse texto se refere a bandas com os mesmos integrantes desde o início e seu tempo sem mudanças de membros.

        Então, podemos fazer um ranking atual e para os próximos dois anos:

        Até 2021 - Roupa Nova

        Em  2022 - Roupa Nova e Paralamas do Sucesso

        A partir de 2023 - Paralamas do Sucesso

        Pelo que percebemos, dificilmente outra banda nacional de qualquer estilo musical chegará nesta marca além dessas duas, visto que poucas bandas dos anos 90/2000 ainda estão com formação original.

        Pra terminar, uma curiosidade sobre essas duas: Ambas nunca pararam, sempre estiveram gravando e na estrada, não teve idas e voltas, sempre ativas no cenário da música brasileira, até diante de situações como uma pausa em virtude do acidente do Herbert Vianna (2001) e também no caso do falecimento da Paulinho (2020).

          Os fãs só tem a desejar: Vida (mais) longa a essas grandes bandas!


Fotos: Acervo pessoal

Confira Vídeo sobre esta matéria: 



quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Há 15 Anos Surgia os Amigos da Kreuza, a Banda Mais Colegial de Peruíbe

No dia 09 de dezembro de 2005 a banda de Pop Rock Amigos da Kreuza fez sua primeira apresentiação, na Festa do Peixe no Portal da cidade de Peruíbe e encerrou sua breve jornada no extinto programa Som da Praia da TVB/SBT em 2008. Apesar de ter durado apenas três anos, até hoje a banda é lembrada por muita gente.





Pré Banda

Em meados de março de 2005 com o advento do programa Escola da Família, diversos jovens se encontravam aos finais de semana na E.E. Dr. Francisco Pereira da Rocha, onde levavam seus violões e cantavam músicas de diversos gêneros que agradavam aqueles que compareciam ao colégio.

Esses jovens em sua maioria eram alunos e também ex alunos da escola. Entre os ex alunos estava o Jocemar que já havia tocado em outras três bandas de rock da cidade, sendo sua primeira banda formada em 1998, naquele mesmo bairro, com mais dois antigos colegas de classe (Fabio Alexandre e Willian Eugênio). Jocemar como baixista e Fabio guitarrista ainda tocaram em outra banda (Segunda Ordem) entre os anos 2000 e 2002. Após uma passagem com a banda Próton Jocemar decide que não tocaria mais e bandas, visto querer se dedicar aos estudos. Porém a história mudou quando conheceu um jovem chamado Alessandro Vieira que também frequentava a Escola da Família e levava seu violão. Em pouco tempo os dois começaram a tocar juntos, inclusive em um projeto de uma banda formada pela professora de canto da escola (Monalisa), na qual Jocemar, que tocava guitarra convidou Alessandro pra tocar contrabaixo. Esse projeto se finalizou antes mesmo de fazer a primeira apresentação, porém Jocemar e Alessandro iniciaram ali uma parceria que se transformaria não só numa banda, mas também o início de uma grande parceria


O Início

Os colegas de classe do Alessandro: Anderson Ribeiro, Jhonson Júnior e Diego Mascherano; faziam parte de um coral da escola e foram apresentados ao Jocemar durante as apresentações realizadas aos finais de semana na E.E. Francisco Pereira. Não demorou para perceberem afinidade musical já que curtiam o mesmo estilo musical (Rock Brasil Anos 80). Alessandro tinha uma habilidade com o violão que o levava a ser um futuro guitarrista e o mesmo acontecia com Anderson que tinha o sonho de ser um baixista. Ambos tiveram suas primeiras experiências com guitarra e baixo com instrumentos que o Jocemar já possuía e emprestou para que aprendessem suas primeiras técnicas nos instrumentos elétricos. De início Jocemar dava dicas para que os garotos seguissem com o sonho e formassem uma banda. Com uma bateria eletrônica de teclado, Jhonson já formatava os primeiros ritmos e juntamente com Diego no violão os cinco iniciaram seus primeiros acordes juntos usando o próprio espaço da escola, onde não haviam muitas pretensões e sim a diversão de poder tocar numa banda.


A Primeira Apresentação

No final do ano de 2005, a escola Francisco Pereira foi convidada a fazer uma apresentação musical na 1ª Festa do Peixe da cidade que seria realizada no Portal da cidade. Até certo momento, a apresentação seria do coral de estudantes (que Alessandro, Anderson, Jhonson e Diego faziam parte) porém por alguma falha de comunicação nem a professora e nem os demais alunos compareceram ao evento. Por ironia do destino, os cinco músicos do "projeto de banda" estavam no local e se dispuseram a subir no palco representando a escola no lugar do coral. Correram cada um em suas casas, pegaram os instrumentos e assim com, Jhonson na bateria (eletrônica), Diego no violão, Anderson no Baixo e Alessandro na guitarra, Jocemar assumiu o vocal das quatro músicas apresentadas naquela noite do dia 09 de dezembro de 2005, sendo a primeira apresentação oficial da banda, que ainda não tinha nome e nem músicas próprias. Com a repercursão positiva, a banda ainda foi convidada a tocar na formatura do ensino fundamental da escola, mas posteriormente "desconvidaram", justamente por terem tocado na Festa do Peixe, pois esse fato não agradou a professora do coral (que sabe-se lá por que não foi se apresentar)  que se recusou a dividir palco na formatura, fazendo com que a escola optasse somente pela apresentação do coral. Apesar disso, esse fato não trouxe nenhum arrependimento de terem subido pela primeira vez num palco e tocado ao vivo naquela sexta-feira dia 09 de dezembro de 2005.


2006 - Primeiras Músicas Próprias

Durante as férias escolares, os músicos aproveitavam para se aperfeiçoarem musicalmente. Não demorou para que Jhonson, Anderson e Alessandro adquirissem seus respectivos instrumentos. Pouco tempo depois Diego deixou a banda. A primeira música autoral da banda se chamava "Te Convencer" que era uma composição de Jocemar e Fábio, dos tempos da Segunda Ordem. Além dessa, outras duas músicas  já compostas anteriormente por Jocemar ("Quem Foi Que Disse" e "Pra Sempre") entraram no repertório, em meio aos covers do rock brasileiro dos anos 80. Nesse ano ocorreram diversas apresentações da banda na própria escola Francisco Pereira, além de algumas apresentações memoráveis E.E. São João
Batista que vinham a convite em virtude da repercussão positiva. Em todas as apresentações as músicas próprias eram tocadas e começaram a ficar conhecidas por aqueles que acompanhavam. A mais famosa delas era "Você Que Errou" que foi a primeira composição do Jocemar nesse período com a nova banda. Outras músicas foram feitas e tocadas nos ensaios, porém não chegaram a tocar ao vivo.





Quem Era a Kreuza?

Houve uma grande dificuldade em se encontrar um nome para a banda. Surgiu por uma brincadeira alusiva a uma personagem de novela chamada Creusa (Juliana Paes).
Entre as colegas de escola, uma delas tinha o apelido de Creusa e certa vez ao ver os garotos saindo da escola o Jocemar perguntou a eles: - Então vocês são amigos da Creusa? Dali pra frente a frase pegou e mais adiante a banda se nomeou como Amigos da Kreuza (AMK). Após a oficialização do nome, inclusive com a criação de uma página no Orkut, muitos acharam que a Kreuza representava a diretora da escola que se chamava Cleusa, mas daí pra frente ficou a cargo de cada um tirar suas próprias conclusões.


Os Primeiros Fãs e Ego em alta

Nas primeiras apresentações, na escola Francisco Pereira os estudantes que assistiram foram ao êxtase ao ver os colegas de turma estarem numa banda de rock. Numa época que não existia a selfie, foi ali que a banda deu seus primeiros autógrafos. A repercussão das apresentações fez com que a banda tivesse convite pra alguns shows  na E.E. São João Batista (video), onde o sucesso com a garotada não foi diferente do que ocorria no colégio de origem, inclusive com mais autógrafos, novas amizades e aumento de seguidores no Orkut.



2007/2008 - Novos Horizontes

No incio de 2007 Jocemar informou aos meninos que precisaria se distanciar da banda. O mesmo havia sido convocado em um concurso público e o tempo pra ensaios ficaria escasso. Mesmo assim ainda fizeram juntos diversas apresentações em algumas festas e quiosque de praia. Paralelo a isso, o trio Alessandro, Anderson e Jhonson já faziam ensaios e algumas apresentações expandindo o repertório com covers de rock internacional. Jocemar já mais distante procurava sempre ajudar de alguma forma, porém ali se iniciava o final das apresentações dos Amigos da Kreuza.
Em 30 abril de 2008 o quarteto ainda fez uma apresentação na ETEC Itanhaém, sendo a última apresentação ao vivo dos quatro componentes. Nessa mesma época Jocemar compôs a música "Não Vou Mudar" em alusão a nova fase dele e de todos, mas não tiveram a oportunidade de toca-la ao vivo, ficando somente nos ensaios.





Festival de Bandas Colegiais

Em meados de setembro de 2008 Jocemar viu uma grande oportunidade para os garotos: Ao ler um anuncio de que o programa semanal Som da Praia da TVB/SBT iria realizar um festival musical com bandas de colégio e estava com as inscrições abertas pediu com urgência aos meninos uma gravação em vídeos de duas musicas para que fosse enviada à produção do programa. Paralelo a isso, foi necessária uma autorização da diretora da E.E. Francisco Pereira da Rocha para que a banda representasse a instituição no programa de TV. Seria a primeira e última chance de os Amigos da Kreuza levar o nome da escola, visto que Alessandro, Anderson e Jhonson estavam em seu último ano do ensino médio. Após uma conversa com a Diretora Cleusa, a mesma assinou os papéis e assim a inscrição e o vídeo foram enviados à produçãol. Não demorou para vir a resposta, já com a data da primeira gravação programa que seria a primeira etapa do festival.


Das Escolas Para TV

Chegar nos estúdios do SBT em Santos para a gravação do programa Som da Praia parecia e era um momento mágico pra todos. Alessandro assumiu o vocal com a missão de cantar as músicas "Te Convencer " e "Você que Errou". Os Três não decepcionaram e fizeram uma ótima gravação. Para Jocemar que acompanhava a gravação, coube a missão de controlar o nervosismo dos garotos, mesmo ele também apreensivo diante daquela grande experiência. O programa foi veiculado na TV no sábado seguinte e daí pra frente cabia a cada banda correr atrás de votos pela internet para que assim pudessem ir para a próxima fase.


Surpresa! A Mais Votada

Após algumas semanas, onde oito bandas de todo o litoral se apresentaram, veio o resultado: Os Amigos da Kreuza foi a banda mais votada de todas as concorrentes, garantindo assim sua ida para a semi-final e a gravação de mais um programa. Na Semi-final
tocaram a música "Quem Foi Que Disse", além de um cover do Engenheiros do Hawwai. Após alguns dias, com muita expectativa a banda recebeu o email informando de que estava na grande Final do Festival, garantindo a terceira aparição na TV.
A essa altura, a banda estava mais conhecida na cidade, com matérias veiculadas no Jornal de Peruíbe, além de ficar conhecida em todo o Litoral de São Paulo devido as duas aparições televisivas o que criou novas espectativas com relação ao fututo da banda.






A Final e o Final 

Por ironia do destino, no dia 10 de dezembro de 2008, um dia após a data do primeiro show na Festa do Peixe, lá estavam os Amigos da Kreuza, representando não somente a escola mas também a cidade de Peruíbe. A gravação ocorreu numa casa de eventos (Mansão da Ilha) na Ilha Porchat em São Vicente. Alguns dias antes Anderson sofreu um pequeno acidente, fraturou o pulso e quase teve que ficar de fora, inclusive por este motivo Jocemar avisou a produção do programa que iria tocar baixo caso o Anderson não pudesse. Para alegria de todos o Anderson se recuperou a tempo eJocemar acabou tocando violão na final. Até foi questionado pela apresentadora Gabi Gois o por que de não ter se apresentado nas duas últimas gravações e o mesmo explicou que por ser um festival colegial preferiu estar nos bastidores, mas ali na final já não via problemas em estar junto da banda que ajudou a formar e que estava em seu momento mais importante. A música escolhida para a final foi "Você Que Errou". 

Ao fim, a Hidantal foi a campeã, mas isso não tirou a felicidade dos Amigos da Kreuza em estarem ali naquele programa de TV levando sua música para toda a baixada santista. Essa apresentação foi a última em que os quatro integrantes tocaram juntos e, como já citado, ocorrendo exatamente três anos e um dia  após a primeira vez.
Veja os vídeos da final:





E depois do Festival?

Com o término do ensino médio, o trio que tinha contato quase que diário acabou se distanciando. Mesmo com um retrospecto de apresentações, músicas próprias, programa de TV e o sonho de gravar um cd, os compromissos pessoais de cada um acabou sobressaindo e assim não houve continuidade daquela escalada, indo cada um em busca de objetivos distintos a assim se finalizando os trabalhos da banda.



Por Onde Andam?

Dos quatro, talvez o Jhonson tenha sido o que mais se afastou da música em termos práticos, pois se dedicou a sua profissão na área de sistemas de informação e  hoje vive em São Paulo.
O Anderson se tornou um baixista bem renomado em Peruíbe, tocou muito tempo com a banda MiliDuck que inclusive fez um turnê em Portugal ha pouco tempo atrás. 
Alessandro fez diversas apresentações solo com voz e violão e compôs algumas músicas em parceria com o Jocemar, nunca perdeu sua ligação com a música, inclusive passando isso aos seus dois filhos.
Antes mesmo dos Amigos da Kreuza, Jocemar já era adepto a produção musical. Fez faculdade de música e até hoje procura dedicar um tempo livre de sua vida à música, seja compondo, tocando ou produzido.








O Legado

Quinze anos depois, muitos ainda lembram com carinho da banda que fazia a alegria dos alunos nas festas de escola e barulho nos ensaios na antiga casa do Anderson no bairro Belmira Novaes. Por incrível que pareça, até hoje algumas de suas músicas são baixadas no site palco MP3 e seus poucos vídeos no youtube ainda são vistos. 
Há de ressaltar que toda essa história que foi vivida não foi construída com facilidade. Nenhum deles tinham condições de adquirir e nem tinham os melhores instrumentos e equipamentos. Se não fosse pela ajuda dos familiares, nem as apresentações feitas na TV seriam possíveis em virtude dos custos de transporte. Sendo assim, o que fica é que mesmo com todas as dificuldades, foi possível fazer algo diferente em meio a uma realidade contrária. Eles iniciaram tudo representando uma escola, mesmo que a escola não soubesse disso (hahaha) numa festa de bairro e encerraram representando não só a mesma escola, mas como uma cidade toda, num evento televisivo. Inclusive sendo lembrados pelo programa no ano seguinte (Ver).
Por tudo que fizeram e representaram no meio escolar, não há como não dizer que os Amigos da Kreuza foi a banda mais colegial da história de Peruíbe.

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Integrantes:
Alessandro Vieira: Guitarra, Voz
Anderson Ribeiro: Baixo
Jhonson Junior: Bateria
Jocemar: Violão, Voz e Produção
Diego: Violão (ate 2006)

Músicas (ensaios):
Te Convencer (Fabio Alexandre/ Jocemar)
Você Que Errou (Jocemar)
Pra Sempre (Jocemar)
Não Vou Mudar (Jocemar)




Este artigo é dedicado em memória dos Sr. Evaristo, pai do Anderson e Sr. Jhonson (Cidão). Ambos foram grandes incentivadores da banda e deixaram muitas saudades.


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Créditos das Imagens: Arquivo Pessoal; Redes Sociais; TVB; Rede Globo.

Fotos e vídeos:


                                  









































Tem alguma foto da época? Nos envie que postaremos aqui.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Segue o Som...


A idéia inicial deste espaço era a criação de três ou quatro artigos sobre a música e os músicos de Peruíbe. No entanto, estamos hoje no 14º artigo e se fosse mesmo para contar tudo, teríamos que escrever um livro, pois temos uma cidade com a história musical bem rica e diversificada.

Desse modo, fico contente por ter contribuído com a cultura local, registrando algumas biografias inéditas, principalmente daqueles músicos que surgiram por aqui antes da década de 2000 que não tinham sequer referência na internet e hoje já podem ser pesquisados na web.

E não é só isso. A criação de projetos como “Cidade da Música” e “Musica na Praça” feitos pela administração municipal são grandes avanços que deixam a cidade mais animada e o mais importante, valorizam os artistas de Peruíbe e região.

E assim vamos em frente, cada um fazendo sua parte e construindo, mesmo que aos poucos, novas ações para nossa música, afinal, “não faz mal que seja pouco, o que importa é que o avanço de hoje seja maior do que o de ontem e que nossos passos de amanhã sejam mais largos do que os de hoje” (Daisaku Ikeda).

Aproveito este momento para deixar os meus agradecimentos a todos os leitores, aos meus amigos músicos que me receberam para “bater um papo” musical, pois sem eles não seria possível à criação dos textos e também à equipe do Jornal de Peruíbe pelo espaço cedido em prol de nossa cultura.

Desejo um ótimo 2012 com muita saúde, paz e é claro muita música para todos. Até breve!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cadê a Nova Geração?


Em diversos campos da sociedade o que faz algo não se perder ao longo do tempo é a contínua renovação. Quando se traz este aspecto para o mundo da música percebe-se que para criar um ânimo e dar novo gás ao cenário musical é necessário sempre surgir algo novo.
Por diversas vezes eu ouço a seguinte pergunta: “Cadê os novos músicos de Peruíbe?”. Eu sei que eles existem por aí, talvez com seu violão no quarto de casa ou em alguma garagem ensaiando até que achem que já estão aptos a tocar ao vivo.
Houve uma época em que a garotada pegava seus instrumentos e faziam um som em qualquer lugar, na rua, na praça e até na areia da praia. O importante era se divertir e atrair nem que fosse meia dúzia de pessoas para curtirem seu som. Hoje em dia quem está fazendo isso são os mesmos daquela época, muitos deles já senhores, mas que nunca perderam a jovialidade musical.
Já vi casos de bandas ensaiaram durante meses e se acabaram antes de pelo menos fazerem uma apresentação. Foi um tempo precioso desperdiçado por eles, pois não os levou a lugar algum. Isso acontece muito por alguns fatores como, por exemplo, falta de criatividade e objetivo.
Se um artista ou banda quer mesmo se diferenciar e criar uma carreira, deve mostrar algo novo e criar uma identidade. Isso se torna possível quando se faz suas próprias músicas, pois é através delas que o artista mostra ao público o que ele tem a dizer. Se for pra fazer coover, então faça bem feito, mas não se deve esquecer que quem não tem música própria não grava CD, não toca em rádio e na internet não ganha destaque. Não sabe compor? Peça pra algum parente, vizinho, qualquer um que goste de compor. O importante é que seja algo novo e diferenciado.
Por fim, espero que os novos artistas da cidade mostrem suas caras e suas músicas não importando o estilo, e sim o fato da necessidade de haver uma renovação das gerações, pois os mais novos se tornam uma força motriz que leva adiante a história para nunca deixar a música morrer na praia.

domingo, 20 de novembro de 2011

Música x Tecnologia


A música, além de ser uma arte, é uma profissão como todas as outras onde a tecnologia revolucionou o meio.

Com as mudanças tecnológicas, o desejo de ser contratado por uma gravadora deixou de ser o mais importante para um artista. A internet passou a ser o principal meio de divulgação de artistas e bandas que, por meio dela, comercializam suas músicas no formato MP3, divulgam seus vídeos no Youtube e a cada dia interagem mais com o seu público através das redes sociais.

Com essas mudanças, aqueles profissionais que não estão se atualizando, independente se têm trinta ou quarenta anos de profissão, estão perdendo lugar para os mais jovens que dominam as novas ferramentas. Este aspecto se reflete tanto na produção quanto na divulgação do artista. Exemplo disso é que não adianta querer produzir um CD da mesma forma que há vinte anos atrás, quando não existia música digital. Do mesmo modo, o marketing do artista deve ser feito diferentemente da época em que não existia a internet, onde tudo se centralizava nas emissoras de rádio.

Obvio que existem também os fatores negativos como, por exemplo, músicas de péssima qualidade que são produzidas e divulgadas na rede que se tornam “sucessos” devido à imposição da mídia, mas que com o tempo acabam esquecidas pelo público.

Como deu pra perceber, se atualizar é importante para quem deseja seguir uma carreira no ramo musical, mas não necessariamente para aqueles que cantam ou tocam algum instrumento. Uma equipe artística é composta de técnicos de som, produtores, profissionais de marketing, assistentes de palco e vários outros ofícios. Para quem deseja seguir algum deles, vale a pena se especializar, estar sempre atualizado e obviamente isso também serve para qualquer outra carreira profissional.

sábado, 29 de outubro de 2011

Somos Ecléticos



Para quem acompanhou os artigos anteriores, percebeu certa ênfase aos grupos de estilo rock. Isso não significa que Peruíbe seja somente rock, muito pelo contrário, as bandas que menos tem oportunidades aqui são as roqueiras.
De qualquer forma, mesmo para quem não goste ou não ouça, considero importante citar outros estilos que soam nas noites de nossa cidade. Como falar de música peruibense sem mencionar o Sergio Bianco, que antes mesmo de ser o "Elvis coover"
já era considerado um dos melhores cantores de Peruíbe, vencedor de festivais e que pode ser encontrado a qualquer momento cantando em algum cruzeiro marítimo Brasil afora.
Outros cantores solos também se destacam, como por exemplo, a Jhana Rosa que faz um ótimo trabalho musical e vem conquistando um bom público. Além deles, temos inúmeras duplas sertanejas, bandas de forró e grupos de samba e pagode com destaque ao grupo Influência que é presença certa nos eventos realizados pela prefeitura já há alguns anos. Também merecem destaque a banda MpBless, Somos Ecléticos formada por Junior (violão e voz), Victor (guitarra), Edílson (baixo), Fernando (bateria) e Douglas (backing vocal) que gravaram recentemente o CD de MPB "Por Você". Para quem gosta de música bem feita e qualidade vale a pena ouvi-los (www.palcomp3.com.br/mpbless). Esses são só alguns exemplos da grande diversificação
musical que temos em Peruíbe, ou seja, tem musica para todos os gostos, é só escolher o seu som preferido e curtir.

Dedico este artigo em memória de nosso amigo
Pedro do Influência.

sábado, 15 de outubro de 2011

Cachorrada do Blues



Numa espécie de encerramento de histórias de bandas que surgiram aqui em nossa cidade nos anos 90, não poderia deixar de ser mencionada uma das bandas mais influentes e talentosas que já tivemos e que o próprio nome já identifica o principal estilo musical deles; a Cachorrada do Blues.

O grupo surgiu em 1997 sem muita pretensão e, como é da característica do blues, com muito improviso. A partir daí, com ensaios constantes e diversas apresentações conseguiram agradar o público conquistando fãs fieis que se tornaram verdadeiros seguidores do grupo.

Com remanescentes da banda “Mont Rock Blues Band”, os músicos Otto Hartung, Umberto Tamutis, Marcos Valtuilli, Adalberto e André Ferrari foram componentes da primeira formação que na verdade foi uma reunião de figuras importantes do nosso cenário musical, que fizeram história também em outros trabalhos importantes pós Cachorrada do Blues. Além deles, outros também tiveram passagens rápidas pela banda, inclusive o saudoso Leonardo Di Fiori (in memorian) que até hoje é lembrado por sua grande simpatia, humildade e carisma deixando saudades para todos que tiveram a sorte de conhecê-lo.

Da turma do início, Umberto e André também foram integrantes da “Versátyl” e Otto formou a “Nego Aço”. Essas duas bandas estão atualmente sendo cogitadas para possíveis voltas aos palcos.

Usando o trocadilho que deu origem ao nome, pode-se dizer que o canil não é mais o mesmo sem a cachorrada, ou melhor, o Cannil Club não é mais o mesmo sem a Cachorrada do Blues e como até hoje não houve um anuncio oficial do fim da banda, é possível que em breve os vejamos tocando por lá novamente.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sananda – Rock Pop Consciente


Em uma época que cada vez mais se percebe que algumas bandas de rock estão perdendo qualidade, com músicas que não trazem nenhum acréscimo cultural para quem ouça, temos em nossa cidade a banda Sananda que vai contra tudo isso e faz o que podemos chamar de rock pop consciente.

Em 2009, lançaram o primeiro CD “Ta Ficando Quente”, onde se consolidou uma característica que vai além de simplesmente fazer música, ou seja, fazem um verdadeiro trabalho sócio-ambiental, onde procuram através de suas letras alertarem a sociedade para questões ecológicas e sustentáveis como aquecimento global, reciclagem, combate à poluição e desmatamento.

A história deles começou por meados de 2006 quando músicos de várias bandas se juntaram para fazer algumas apresentações no Cannil Club. Nesses encontros alguns deles perceberam certa afinidade. Foi assim que Wal (voz), Caco (guitarra e voz), Anderson (teclados), Marquinhos (baixo e voz), Sussa (bateria) e Vandinho (guitarra base) fixaram a formação que permanece até hoje.

Ao longo desses mais de quatro anos, se apresentaram em todas as cidades do litoral sul de São Paulo e já foram contratados para shows na capital e em algumas cidades do interior, o que trouxe uma grande bagagem de experiências ao grupo.

Uma das fórmulas da qualidade da Sananda é o profissionalismo dos integrantes. Além de serem excelentes músicos, contam também com o apoio de um produtor, o Ricardo Panicali. Atualmente estão em estúdio para a gravação do segundo CD, que ainda não tem data para o lançamento, mas no que depender deles, terá qualidade igual ou superior ao primeiro.

Aos que ainda não conhecem vale a pena assistir o show. A agenda está no site www.sanada.art.br. Lá também é possível encontrar músicas, vídeos, fotos e diversos outros materiais disponíveis da banda.

Este e outros artigos já publicados sobre a música e os músicos de Peruíbe estão disponíveis no meu blog jocemarmusic.blogspot.com. Até a próxima!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Balaio de Gato


A banda Balaio de Gato faz uma verdadeira salada musical que mistura diversos estilos em uma mesma apresentação. Eles lançaram em seis de agosto de 2011 o seu primeiro DVD – Balaio de Gato Ao Vivo. A gravação e o lançamento foram realizados no Cannil Club, ambos com casa lotada e com público muito animado devido a performance do grupo.

Em uma entrevista exclusiva ao nosso blog os músicos comentaram dentre vários assuntos, o motivo de adotarem Peruíbe como sua nova casa:

Jocemar- Quando e onde o grupo começou e qual o motivo de estarem sempre aqui em Peruíbe?

Balaio de Gato- Começamos há uns cinco anos atrás na capital e o primeiro lugar que tocamos fora de lá foi em Peruíbe, isso há uns dois anos atrás, daí por diante fizemos uma grande rede de amigos aqui, fizemos muitos shows inclusive na Barra do Una, onde nem as bandas daqui tocam (risos), metade dos amigos do Facebook são daqui. Em outras cidades que tocamos, inclusive em São Paulo, acham que somos uma banda de Peruíbe, e por isso já nos consideramos cidadãos peruibenses.

J- E quais são as influências musicais de vocês?

BdG- Ouvimos de tudo, de todos os estilos, desde o hardcore ao samba, e é isso que passamos em nossos shows, um verdadeiro balaio de gato, daí a origem do nome do grupo.

J- Em Peruíbe temos bons músicos, mas algumas bandas pararam pelo caminho, qual a mensagem que vocês podem deixar aos artistas daqui de nossa cidade?

BdG- Dedicação integral. Uma banda é como uma empresa; tem trabalho, é cansativo e fica um pouco complicado quando você divide esse trabalho com outro diferente. Se desejar ser um músico profissional, ganhar dinheiro com isso, você deve se dedicar totalmente e este trabalho. Quem acha que banda é só tocar na noite e pegar mulher ta enganado. Chegamos a trabalhar até dezesseis horas por dia no escritório ou no estúdio da banda cuidando da divulgação, agenda e vários outros trabalhos administrativos e quando chega o final de semana, na hora do show temos que estar dispostos para agradar nosso público que na verdade é uma extensão de nosso trabalho.

J- Então vocês só vivem de música mesmo?

BdG- Sim, e vivemos bem, pois sabemos administrar nosso trabalho e somos gratos a nossa clientela ou seja, nosso público.

J- E qual o recado que vocês deixam aos fãs peruibenses?

BdG- Obrigado! Na verdade vocês não são somente fãs, são nossos amigos. A coisa que mais queremos quando termina um show e falar com cada um de vocês. Vamos tomar uma cerveja juntos! (risos).



Para saber mais sobre a Balaio de Gato acesse www.bandabalaiodegato.com.br.


domingo, 7 de agosto de 2011

No Haole - A Volta

No dia 23 de julho no Cannil Club, com casa cheia, foi realizado o tão esperado show de retorno da banda No-Haole, com um repertorio que mesclou músicas de seus dois CDs já lançados, além do melhor do rock nacional e internacional.
Antes de se tornar uma das bandas mais conhecidas do litoral de São Paulo, passou pelas fazes alegres e difíceis já conhecidas por aqueles que buscam o sucesso através da música.
O inicio de tudo aconteceu por meados de 1998 em um mini-festival musical realizado no colégio Carmen Miranda, onde uma banda de rock chamada “Os Merrecas”, liderada por Paulo Sérgio, foi o destaque do evento.
No ano seguinte, Paulo (guitarra e voz), Fernando Cunha (guitarra), Armagedon (baixo) e Danilo (Bateria) formaram a “Kurto Cirkuito” que tocavam em diversos eventos locais e assim começaram a ficar conhecidos pelo publico da cidade.
Em 2000, Danilo deixa o grupo e a banda decide se reformular. Para assumir as baquetas convidaram Luiz Adriano e a partir daí passaram a se chamar “No-Haole”.
Após dois anos de trabalho intenso, saiu o primeiro CD independente homônimo que passou a ser tocado nas rádios e deu origem ao primeiro clipe “Esfirra de Muié” veiculado pela MTV. Isso abriu portas para que eles logo dividissem o palco com artistas como Supla, Rumbora, Afrodizia, Tihuanna, Mangue Seco, Walking Lions, Reggae Style, dentre outros, passando a ser conhecidos também na capital e no interior do Estado.
Um dos momentos mais marcantes para os fãs e principalmente para os músicos da banda foi à abertura do show do Cpm 22 no verão de 2006, onde tiveram um desempenho que, para muitos dos espectadores, foi melhor do que a da banda principal.
Ainda em 2006, Armagedon e Luis Adriano deixaram a banda. Com uma nova formação lançaram o seu segundo CD “Evolução Natural”, que teve como principal hit “Comigo a Todo Instante”, veiculada em diversas rádios dentro e fora do Estado de São Paulo, além de ser muito ouvida pela internet.
Em 2010 decidiram dar uma pausa. Os integrantes passaram a se dedicar a trabalhos pessoais, inclusive um deles (Fernando) foi a trabalho para a Austrália. Durante este período, nos sites de divulgação de bandas, a No-Haole ainda tinha seu publico cativo. Um bom exemplo é o BandasdeGaragem.com.br da Uol, em que o grupo já está há meses entre os dez primeiros em audiência no Brasil, sendo ouvidos por mais de 206 mil internautas.
Todos os fatores positivos e a paixão pela música fizeram com que eles se reunissem novamente em 2011 a todo vapor. Com um terceiro CD já em vista, o que se espera é ainda mais sucesso desses jovens músicos de nossa cidade que já conquistaram fãs no Brasil inteiro.
Formação atual: Paulo (voz e guitarra), Fernando (guitarra), David (baixo) e Buxixo (bateria)
Contato para shows: Tel.: (13) 9759-9555 - nohaoleoficial@gmail.com

sábado, 16 de julho de 2011

CD Músicos de Peruíbe (parte 2)


No artigo anterior dei um breve resumo dos bastidores do CD Músicos de Peruíbe de 1996 que, como já citado, teve a participação só de artistas de nossa cidade.
Quem ouviu por completo percebeu que são estilos variados como rock, samba, pagode, MPB, soul e blues, todas de autoria dos participantes do projeto.
A maioria dos artistas eram iniciantes que naquele momento estavam dando o seu primeiro passo na carreira. Alguns aproveitaram para usar a sua gravação como música de trabalho em seus shows ou nas rádios locais.
Um fato interessante é que houve uma grande integração ente os participantes. Havia quem cantasse em uma faixa e em outra tocava algum instrumento para ajudar um amigo. Isso inclusive acabou resultando em novas parcerias pós-gravação.
Atualmente, daqueles cantores ou bandas, nenhum se encontra ativo musicalmente em nossa cidade. Sabe-se que alguns ainda moram aqui, às vezes fazem alguma participação em shows e outros saíram de Peruíbe em busca de novas oportunidades musicais ou pessoais.
O que ficou mesmo são os registros e as lembranças que muitos guardam daquela geração de músicos e a expectativa de novas iniciativas culturais semelhantes a aquela.
Aproveito a oportunidade para agradecer ao Marquinhos (Versátyl) pelas informações prestadas sobre os bastidores da gravação e ao Sr. Mario Omuro, idealizador do projeto, que me autorizou à disponibilização das faixas do CD pela internet.
Um abraço a todos e até a próxima edição!
Este artigo é dedicado em memória de Rodrigo D’Avila (produtor do CD) e do músico Brother (1ª faixa).

Aguarde!

Em Breve Artigo publicado

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Cd Músicos de Peruíbe 1996



Uma das passagens mais importantes da música de Peruíbe ocorreu em 1996 quando houve a reunião de 13 artistas locais para a gravação do CD “Músicos de Peruíbe”, que teve tiragem limitada e assim se tornou uma verdadeira relíquia musical e cultural da cidade.
Para que o projeto se tornasse possível, foi necessário um bom planejamento. Faziam-se reuniões periódicas com os artistas para decidir datas, horários e transportes. Naquela época, para poder gravar era necessário se deslocar para a capital onde estavam os estúdios de gravação mais próximos.
Todas as despesas desde o transporte até a finalização do CD foram patrocinadas pelo ex-prefeito Mario Omuro que, em entrevista ao Cultura Musical citou: “Em minha juventude tentei formar uma banda mas não consegui. Quando ajudei os músicos de Peruíbe realizei junto com eles o sonho de gravar um CD, sonho esse que eu também almejei quando jovem mas não tive oportunidade de concretizar”, finaliza Mario.
Juntamente com ele, aparece o casal Enza Flori e Rodrigo D’Avila- in memorian. Os dois eram donos do Zukeros, onde os bailes fizeram história nas noites peruibenses. Enza foi cantora mirim da Jovem-guarda, gravou diversos discos, programas televisivos e entrou para a história da musica popular brasileira. Resolveu sair de cena e veio morar em Peruíbe na década de 80 . Ela cantou em uma das faixas desse CD e fez vocais em outras. Seu marido Rodrigo era um renomado produtor musical e foi quem conduziu as gravações em estúdio.
A ordem das faixas foi a seguinte: 1- “Banana” (Brother); 2- “Os Olhos e o Mar” (Walker); 3- “Coisas de Amor” (Amizade Imprevista); 4- “Malícia” (Doce Magia); 5- “Todo Tempo Que Você Perdeu” (Ivan Carlos); 6- “I’ Like To Be Crazy” (Humberto Tamutis); 7- “Doce Delírio” (Próton); 8- “Carro Emprestado” (Visão Futura); 9- “Garota Esperta” (Banda Fax); 10- “Peruíbe City” (Enza Flori); 11- “Coração de Poeta” (Doce Inspiração); 12- “Confissão” (Vivian); 13- “Chance” (Versátyl).
Na próxima publicação continuaremos relembrando este CD e comentarei sobre os artistas participantes e suas gravações. Quem quiser ouvir e baixar as músicas é só clicar aqui.
Um abraço!