Renato
Russo escrevia em seu diário de maneira íntima e reflexiva. Suas anotações
incluíam reflexões pessoais, pensamentos sobre a vida e a arte, poemas, letras
de músicas e eventos do dia a dia.
Entre os
anos 2017 e 2018, o Museu da Imagem e do Som apresentou uma exposição exclusiva
com parte do acervo de Renato Russo, que estava guardado no último apartamento
onde viveu no Rio de Janeiro. Essa coleção incluía objetos pessoais, peças de
vestuário, fotografias, manuscritos, instrumentos musicais, documentos
escolares, desenhos, cartas de fãs, além de prêmios, fanzines e impressos
variados que marcaram sua trajetória.
Dentre
seus manuscritos, a exposição trouxe as últimas anotações de seu diário
pessoal, permitindo que os fãs tivessem um vislumbre de seus pensamentos mais
íntimos.
Como em grande parte de seus escritos, sua última anotação também não possui data e está em inglês. O texto traz as seguintes frases:
“Weeks of
hell. Have tuberculosis. The recordis coming out fine. Mom's comingon Saturday.
Company. Feel strangeand dis located. Will it bethe new medication? Woke up fine, I think. Can't eventhink of sleeping. Oh
well.”
Tradução:
Semanas de inferno. Estou com tuberculose. O disco
está saindo bem.
Minha mãe vem no sábado. Companhia. Me sinto
estranho e deslocado.
Será que é a nova medicação? Acordei bem,
eu acho. Não consigo nem pensar em dormir. Ah, bem
Esse
trecho reflete momentos difíceis, como a luta contra a doença, mas também
revela uma expectativa em relação ao lançamento do álbum, que, pelo aspecto
temporal, seria “A Tempestade”, e a espera pela visita da mãe. Esse tipo de
registro é comum em diários, onde as pessoas expressam tanto suas dificuldades
quanto pequenos momentos de esperança.
Espero
que vocês tenham gostado! Até a próxima!
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